Nova York – Uma juíza de Nova York negou nesta segunda-feira ao diretor geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, o direito de aguardar seu julgamento em liberdade, através do pagamento de fiança.
A juíza Melissa Jackson considerou que Strauss-Kahn, acusado de agressão sexual e tentativa de estupro contra a camareira de um hotel, deve permanecer detido porque há “risco de fuga”.
A promotoria argumentou que o veterano político francês não tem um incentivo para permanecer nos Estados Unidos até o julgamento, tendo à disposição plenos recursos para ir embora se assim o desejar.
Strauss-Kahn “é cidadão da França, país que não extradita seus cidadãos para os Estados Unidos. Se ele viajar para a França, não teremos mecanismos legais para garantir seu regresso”, indicou o promotor no tribunal.
Além disso, os promotores destacaram o fato de que Dominique Strauss-Kahn já se envolveu no passado em situação semelhante “pelo menos uma vez”, o que configuraria antecedente penal.
“Há informações de que ele já foi associado a uma conduta semelhante a esta em pelo menos mais uma ocasião”, declarou o magistrado de acusação.
A próxima audiência do caso foi marcada para a próxima sexta-feira, 20 de maio. Até lá, o acusado permanecerá sob custódia da justiça americana.
A defesa ofereceu o pagamento de um milhão de dólares em dinheiro vivo para que Strauss-Kahn ganhasse a condicional, mas a proposta foi rejeitada.
O diretor gerente do Fundo Monetário Internacional negou todas as acusações apresentadas contra ele na corte, que incluem agressão sexual, cárcere privado e tentativa de estupro.
A pena máxima para as sete acusações apresentadas contra ele é de 74 anos e três meses de prisão.
Benjamin Brafman, um de seus advogados, disse estar “decepcionado” com a decisão judicial, mas afirmou que “a batalha está apenas começando”.